quarta-feira, 27 de julho de 2016

Insegurança


Será que escrevo? Eu ao menos sei escrever? O que escrevo presta? O que vão achar? Será que está bom? Falarão muito? julgar-me-ão? Quer saber, dane-se o mundo! Vou escrever sim!
Acho que pelo título e por essa introdução você deve estar se familiarizando com o tema da crônica de hoje. Pois bem, trataremos da insegurança. Não da insegurança pública que está espalhada pelo Brasil e ninguém faz nada, mas da insegurança pessoal. Se sou inseguro? Não muito, dei uma enfeitada para prender sua atenção no começo. Mas, claro, tenho sim meus momentos de insegurança, diga-se de passagem duradouros e devastadores.
Mas por que deixamos de experimentar as melhores coisas e de viver as mais puras emoções por conta da insegurança? Somos submissos a ela por acaso? Cuidado, muito cuidado! Começa de pouco e depois toma conta de sua vida.
Por que ela/ele preferiu ele/ela? Simplesmente porque, talvez, nem tentamos conquistá-la (lo). Porque fomos inseguros ao ponto de nos trancarmos em nosso mundo quadrado e solitário e esperarmos ela/ele vir falar conosco. Por que ele/ela faz isso e aquilo e eu não? Porque eu nunca tentei fazer, ora. Se ele/ela consegue, eu consigo. Pausa. Isso aqui está parecendo crônica motivacional, se é que existe esse tipo de crônica, mas deve ter, afinal, ainda não se sabe nem ao certo o que é uma crônica. Por falar nisso, olha aí uma coisa na qual minha insegurança trabalha. Escrevo, escrevo, tenho segurança para escrever, mas tenho insegurança para definir o resultado final. É uma crônica ou um conto? Lá dentro, algo me diz que é uma crônica. Aqui fora, algo me diz tratar-se de um conto. E agora? E nem adianta vir com o papinho de que a crônica é um texto pequeno que aborda o cotidiano, o trivial de maneira fascinante. Tem é muito conto que faz isso, ora. E tem é muita crônica que não faz isso, se não houver, perdoe-me, mas acho que tem. Mas vamos parar com isso porque não estamos aqui para uma aula de Língua Portuguesa e nem em uma discussão linguística, estamos aqui para tratar da insegurança.
Por falar nisso, pegue um papel e uma caneta e responda a seguinte pergunta:, (“Espera aí, eu não peguei o papel e nem a caneta.”). Vou esperar então. Já pegou? Ainda não? Está esperando o quê? Pegou? E nem pense que não é para pegar. Se você não pegar logo o que estou mandando, pare de ler, ora. Pegou? Então pronto! Responda aí: Quantas coisas você já fez realmente seguro(a)? Verdadeiramente espero que você tenha anotado muita coisa. Agora, responda essa outra: Quantas coisas você fez inseguro(a) ou nem chegou a fazer?
Respondeu? Pois vamos aqui comigo. Qual foi sua maior lista? (Não vou dizer a minha porque não fiz, ou você quer que eu escreva a crônica e ainda responda as perguntas que eu mesmo perguntei – criei, inventei, tanto faz – ?) Voltando... Se a maior foi a das coisas realizadas com segurança, parabéns! Você é uma pessoa bem segura, ou finge ser e mente muito bem. Se a maior foi a da insegurança, parabéns também! Você mostrou ser uma pessoa verdadeira e SEGURA.( “Como assim? SEGURA?”) Você respondeu com segurança não respondeu? Então, você é uma pessoa segura. Simples assim! Você precisa acreditar nisso!
“Que loucura é essa?”, deve ser o que você está pensando no momento, mas não se apoquente, não. Não tem nenhuma loucura aqui. Você só tem de parar de pensar que a insegurança existe. Ela é fruto de nossa imaginação. A partir de hoje ela morreu – ah, isso serve para mim. Mais tarde anoto em minha agenda: “A Insegurança morreu hoje.” Acrescentarei ainda: “Eu não vou visitá-la e muito menos levar flores para o seu túmulo no dia de finados.” A partir de hoje você vai fazer as coisas com segurança. Não vai se importar com opiniões alheias e nem vai fazer nada só para agradar alguém. Ao contrário do que dizem por aí, você não precisa de alguém que te dê segurança. Você precisa é de você, de se conhecer. A partir de hoje você vai acreditar em seu potencial. Enfim, a partir de hoje você vai ser seguramente você. É tão bom ser seguramente você. Experimente! Então pronto! Deu por hoje! Acho que já falei o que tinha para falar.
Ah, deixa eu ir buscar a agenda enquanto estou me lembrando.

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2 comentários:

Unknown disse...

Parece que eu estou falando diretamente com uma pessoa, mais na verdade estou, só que indiretamente, adoro quando você aborda assuntos tipo esse, vou ser sincera eu já fui muito insegura, mais hoje aprende a não se importar tanto com as críticas ao mesmo respeito.Obrigado pelo o texto.

Dalvan Linhares disse...

Obrigado, Edimara Freire! Em 2017 quero abordar mais assuntos como esse, se Deus quiser. E que maravilha você ter deixado de lado as críticas e confiado em si mesma, é o que todos devemos fazer.

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